Sinhá Olímpia está velhinha
Está na casa dos cem
Ainda hoje está bem forte
Não dá trabalho a ninguém
Sua roupa é uma beleza
É toda costurada a mão
Não se revela o nome dela
Sua defesa é uma oração
O tempo era o seu
Sinhá Olímpia vivia tão bem
Criou seus filhos vendendo farinha
Duas patacas e um vintém
O tempo era esse, não tinha avião
Um metro de chita custava um tostão
Agora eu digo, meu Deus, é um horror
Estão mexendo até na Lua de nosso Senhor!